quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Brasileiros de 20 cidades protestam nas ruas contra corrupção no país


A maior concentração foi em Brasília: 20 mil pessoas usaram roupas pretas e carregaram faixas, vassouras e uma grande pizza.












Milhares de pessoas foram às ruas nesta quarta-feira (12), em 20 cidades do país, para protestar contra a corrupção em manifestações marcadas pela internet. A maior concentração foi em Brasília: 20 mil pessoas usaram roupas pretas e carregaram faixas, vassouras e uma grande pizza.


“Acho que a gente reclama muito e faz pouco. A gente tem que fazer a nossa parte”, diz a estudante Natália Fernandes.


A marcha percorreu a Esplanada dos Ministérios, passou pelo Congresso e Palácio do Planalto. No Recife, o protesto foi na praia de Boa Viagem e atraiu principalmente os jovens.


No Rio de Janeiro, duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar, caminharam pela orla de Copacabana, com nariz de palhaço, máscaras e vassouras, o símbolo da faxina. Mais duas mil foram ao centro de Goiânia. Também houve protestos em Florianópolis, Curitiba e Salvador.


Nas ruas, uma lista de reivindicações: fim do voto secreto no congresso, aplicação da lei da ficha limpa, que impede a candidatura de políticos condenados pela justiça, e o fim do foro privilegiado para parlamentares.


Em São Paulo, o ato começou no vão livre do Masp, o Museu de Arte de São Paulo. Depois, dois mil manifestantes, segundo a polícia, saíram em passeata. Jovens se juntaram à caminhada, de skate, máscara, cara pintada e com muitos cartazes.


Na manifestação não havia bandeiras de partidos políticos nem de sindicatos. Os manifestantes foram atraídos por uma nova forma de organizar protestos, as redes sociais da internet.


No caminho, um grupo de punks causou tumulto. Vidros de uma lanchonete e de um banco foram quebrados. Um rapaz, apontado como autor, foi preso. A passeata continuou, até o Teatro Municipal, no centro da cidade.


Independentemente do lugar, a ideia era a mesma. “Porque é uma demonstração que a gente tem que cuidar da nossa pátria, se a população não vier às ruas nada disso será possível”, afirma a estudante Amanda Villar.

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