quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dilma está melhor que a encomenda

Desde o início este blog recusou-se a entrar no discurso dominante de que Dilma seria “um poste” a ser carregado por Lula. E logo na primeira semana de pré-campanha, fora do Governo, Dilma mostrou que está muito longe de ser uma tecnocrata antipática e autoritária.

Hoje, em Minas, sua terra natal, já mostrou que tem jogo de cintura e bom humor. Provocada pelo entrevistador se poderia haver uma onde de votos “mistos”, para ela e para o candidato do PSDB ao Governo, Antonio Anastásia, apoiado por Aécio Neves. Ela disse que os políticos não podem decidir como o povo vai “montar” o seu voto.

-É possível que ocorra. Como houve o ‘Lulécio’, (pode haver) a ‘Dilmasia’. Eu acho até melhor a inversão, né? ‘Dilmasia’ é meio esquisito. Anastadilma, qualquer coisa assim”

Antes, a ex-ministra visitou a Escola Estadual Governador Milton Campos, antigo Colégio Central, no qual estudou em 1964. “Eu estudei no Estadual Central quando o Brasil fechou. Nós éramos muito rebeldes. Aqui era uma efervescência, vocês não imaginam”.

Os professores revivindicaram melhores salaários e ela não saiu pela tangente: “A gente fez o piso nacional do magistério apesar de todas as críticas. Eu acho que ainda não é suficiente”. Ela ontem já tinha atacado a política de repressão do Governo de São Paulo ao magistério: “nós repudiamos toda e qualquer violência policial cometida contra professores”.

E a garotada, sempre irreverente, cercou Dilma, pedindo para ela dançar o “rebolation”. Sem “perder o rebolado”, ela caiu na gargalhada e chamou todo mundo para a fotografia.

Acho melhor o Serra aprender o “rebolation”.

PS .Estou seguindo para o Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, para ver como andam as coisas lá e ver em que se pode ajudar aquela comunidade que sofreu – e está sofrendo – com os desabamentos. Além de todo o pânico que as mais de 15 mortes causaram na comunidade, passaram às escuras as duas últimas madrugadas. Vou ver também os outros problemas do bairro, que está parcialmente sem transporte coletivo.

Brizola Neto

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