sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


Caixa bate recorde de financiamentos habitacionais no RN




Renata Moura - Repórter de economia O programa Minha Casa, Minha Vida ajudou a Caixa Econômica Federal a turbinar o volume de empréstimos habitacionais no Rio Grande do Norte e a atingir, de janeiro a novembro deste ano, um volume de contratações superior a R$ 371,53 milhões. Cerca de R$ 117 milhões, ou mais de 30% desse total, referem-se a contratos assinados dentro do programa. O volume global de empréstimos corresponde a 5.497 contratos assinados com o banco, ficou 78,87% acima do registrado em todo o ano de 2008 e, em relação a 2007, representou um crescimento de 149%.
Ana SilvaCasas populares estão entre as que serão erguidas com recursos da CEF no programaO recorde de contratações registrado no estado acompanhou a explosão na concessão de crédito para a compra da casa própria no país, verificada nos primeiros 11 meses do ano. A superintendência estadual da Caixa não comentou os números nem divulgou em quanto espera fechar os financiamentos em 2009. Sabe-se, no entanto, que o salto deste ano se explica, em parte, pela demanda do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, lançado no dia 13 de abril. Até o dia 30 de novembro, seis projetos foram contratados dentro do programa no estado, com uma oferta conjunta de 1.560 residências e com um Valor Geral de Vendas (VGV) somado de R$ 117 milhões. Se considerado o total de projetos apresentados a cifra fica maior ainda: supera a marca de R$ 1 bilhão. Ao todo, 73 propostas foram apresentas pelas construtoras, sendo 45 delas direcionadas para pessoas com renda entre 0 e 3 salários mínimos e 28 para pessoas que ganham entre 3 e 10 salários mínimos. Nacionalmente, o volume de empréstimos do banco cresceu 68,7% de janeiro a novembro, em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 39,3 bilhões. Para efeito de comparação, nos 11 primeiros meses de 2008, o total emprestado ficou na casa dos R$ 23,3 bilhões. No Rio Grande do Norte, a Caixa não forneceu números que permitissem a comparação até novembro com anos anteriores.Ao analisar o levantamento nacional, o vice-presidente do banco, Jorge Hereda, disse que os números já superaram todas as metas da Caixa para este ano devido à retração dos outros bancos na concessão de crédito imobiliário e do Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, o mercado esperava que, em função da crise, a busca de financiamento imobiliário por pessoas físicas seria menor do que ocorreu. “O programa trouxe confiança para quem queria comprar e lançar imóveis”, afirmou, em entrevista à Agência Estado. A Caixa recebeu 2.763 propostas para o programa, no país, o que corresponde a 567 mil moradias. Desse total, 322.300 é para o público com renda de até três salários mínimos; 138 mil de 3 a 6 salários e 106,7 mil de 6 a 10 salários. O banco também atribuiu o bom desempenho nas contratações ao fato de ter mantido as taxas e os prazos no momento da crise internacional. A expectativa é que os financiamentos imobiliários superem R$ 41 bilhões este ano, segundo o vice-presidente. Não se trata de uma meta, de acordo com ele, mas de estimativa que considera a média de contratações de RS 150 milhões por dia e o valor já concedido até novembro
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