sábado, 19 de dezembro de 2009



João Maia ensaia discurso de desistência da candidatura ao Governo do Estado em 2010



O deputado federal João Maia (PR) prepara o discurso para retirar a candidatura ao Governo do Estado, que até pouco menos de um mês ele afirmara ser irreversível.
Ele viaja à Alemanha e retorna antes da virada do ano e segundo consta, ele deve anunciar seu posicionamento que tem tudo para ser o de seguir ao lado do grupo da governadora Wilma de Faria (PSB).
Do que João vinha afirmando à imprensa nos últimos meses deverá ser mantido o discurso de que ele não será vice de ninguém. O objetivo é disputar a reeleição para deputado federal. Essa hipótese nunca foi descartada, tanto é que ele nunca liberou a sua sólida base na região do Seridó para apoiar outros nomes ou preparou um correligionário para manter a cadeira do PR na baixa câmara.
O discurso para justificar a mudança também já está definido. Nada de admitir que a candidatura não foi viabilizada. Muito menos os maus resultados nas pesquisas. João Maia dirá que o Seridó precisa manter sua representação na bancada federal. Ele já deu uma mostra disso numa entrevista ao blogueiro seridoense Robinson Pires: "O Seridó não pode ficar sem um representante na Câmara Federal. O meu partido acha que minha atuação tem sido destacada na Câmara Federal. Deseja a minha reeleição. Deseja que eu continue lá", disse. Lembrando que antes o PR através do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, chegou a afirmar que a candidatura do deputado ao Governo do Estado era irreversível.
O parlamentar também ensaia outro discurso para o distanciamento com o presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN). Em entrevista à Rádio Caicó, ele disse que é difícil manter a parceria com o peemenista caso ele se alie ao DEM por não possuir condições de subir no palanque dos que combatem o presidente Lula. "Minha relação com Robinson Faria é muito franca e sincera. Tudo o que estamos conseguindo trazer para o Rio Grande do Norte é com o apoio do Governo Federal, o presidente Lula e do ministro Alfredo Nascimento. Eu expliquei para o senador José Agripino que não posso simplesmente dizer que vou agora para a oposição, por nenhuma razão objetiva, deixar meu grupo político enfraquecido. Seria um gesto de ingratidão. Eu fiz isso em Natal no ano passado, mas anunciei que faria isso porque foi um processo de escolha de candidato que o PR não teve qualquer participação. Eu soube depois disso. Não tem nenhuma razão eu ir para a oposição. Marchar contra o presidente Lula no RN eu não vou", disse.

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