domingo, 3 de janeiro de 2010



Ano eleitoral deve mudar eixo da política do Rio Grande do Norte


Salve uma hecatombe que mude as expectativas para as eleições do próximo ano. A disputa de 2010 significará um momento histórico para a política do Rio Grande do Norte com a mudança de eixo do comando do Governo do Estado, que pela primeira vez passará a ser ocupado por um político com base fora da Grande Natal.
De todos os pré-candidatos colocados até o momento, apenas o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo não tem atuação política a partir do interior do Estado.
A líder nas pesquisas eleitorais todos já sabem: é a ex-prefeita de Mossoró e atual senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Ela tem o desafio de trazer de volta para a capital do Oeste o governo do sogro Dix-sept Rosado, interrompido tragicamente apenas nove meses após a posse em 1951.
Depois do governo de Dix-sept Rosado nunca mais um político com base eleitoral em Mossoró voltou a disputar o cargo. Nesse período dois governadores nasceram em Mossoró, mas nunca militaram politicamente na cidade. São eles: José Agripino (1982/1986 e 1990/1994) e Wilma de Faria (2003/2010). Os dois são mais identificados com a capital onde já foram prefeitos.
O outro nome cotado para a disputa é o vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB). Sua atuação política sempre foi nas regiões Agreste e Seridó. Ele assumirá o governo em abril e disputará a reeleição apostando em um firme trabalho na área da segurança. Iberê tem 40 anos de vida pública, a maior parte dela atuando no Legislativo como deputado federal e estadual. Tenta pela primeira vez uma eleição na cabeça de chapa.
O nome que pode mudar essa tendência é Carlos Eduardo. Ele aparece em segundo lugar em todas as pesquisas em que seu nome é incluído, mas tem sérias dificuldades em viabilizar o nome até mesmo dentro do próprio partido no interior do Estado. Aposta em uma dissidência dentro da base de Wilma para atrair em torno de si o PT e PC do B e sair candidato por uma terceira via.
Os nomes do deputado federal João Maia (PR), com base no Seridó, e do presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN), com base na região Agreste, são tidos como "carta fora do baralho". João já estaria apalavrado com Iberê. Já Robinson vive em torno de especualções. Uns afirmam que ele seguirá no sistema governista, já outros garantem que ele será vice de Rosalba.

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